Conan e seus Clones


Hey pessoal, tem um tempinho que não fazia um post sobre cinema aqui no blog e decidi voltar em grande estilo falando de uma coisa que eu gosto muito. Quem me conhece sabe que sou muito fã de Conan, tanto os filmes (menos aquela aberração com o Momoa), quadrinhos, livros, e tudo que mais envolve esse personagem criado lá nos anos 30 pelo texano Robert E. Howard me encanta.

O filme de 1982 com o nosso querido Arnold Schwarzenegger (GET TO THE CHOPPA!) fez um enorme sucesso, sendo um dos filmes com maior bilheteria no ano de seu lançamento, mesmo com a indicação R (apenas para maiores de 18) nos EUA. E como tudo que faz sucesso surgem as cópias (ou homenagens para alguns). O mais famosos é o loirinho He-Man, que era para ser uma linha de bonecos baseado no já mencionado filme de 1982, mas por causa da indicação para maiores de 18, a Mattel teve que alterar o design dos brinquedos, assim criando o personagem mais conhecido dos desenhos animados da década de 80.

Um bem lembrado por muita gente que acompanhava a antiga Sessão da Tarde é O Príncipe Guerreiro (The Beastmaster), estrelado por Marc Singer no papel de Dar, que nasceu com a capacidade de falar telepaticamente com os animais. Acompanhado por uma águia que ele nomeou Sharak, um par de furões que ele chama de Kodo e Podo e um tigre negro a quem ele nomeia Ruh, o guerreiro tenta vingar sua aldeia que foi massacrada pelo feiticeiro Maax. Esse filme era bem divertido (pelo que eu lembro) e garantiu mais duas sequências, O Príncipe Guerreiro 2: Através do Portal do Tempo (1991), e O Príncipe Guerreiro III: O Olho do Mal (1996), e uma série de TV.


Outro clássico de espada e feitiçaria é Deathstalker O Guerreiro Invencível (1983). Nessa cópia de baixo orçamento de Conan, que rendeu 3 continuações, temos o guerreiro que dá nome a película lutando contra um terrível feiticeiro chamado Munkar, que escraviza todo um reino. Para isso, precisa reunir os três poderes que governam o mundo medieval: a pedra-amuleto, o cálice da visão e um segredo, que será seu maior desafio. Essa pérola oitentista é lembrada por muitos marmanjos por suas cenas de nudez nada modestas. Talvez a maior curiosidade desse filme é a presença de Richard Brooker, o Jason de Sexta-Feira 13 Parte 3, aqui numa das raras aparições no cinema, e de cara limpa, fazendo um guerreiro do bem.


A Espada e os Bárbaros (1982) é outra versão fuleira de Conan, dirigida por Albert Pyun mais conhecido por Cyborg: O Dragão do Futuro (1989) estrelado por Van Damme e pelo horroroso Capitão América (1990). A trama é basicamente uma história de vingança. Temos o rei Cromwell (Richard Lynch) tentando conquistar um reino cujo exército é invencível. Mas com a ajuda de Xusia, um feiticeiro monstruoso e muito poderoso, consegue vencer a batalha e fazer daquele local o seu reino maligno. A história continua anos mais tarde, quando Talon (Lee Horsley), o filho do Rei assassinado que conseguiu escapar naquela altura, se torna um guerreiro mercenário e lidera um grupo de saqueadores que realiza jornadas de cidade em cidade. Quando retorna ao antigo reino em que vivia, Talon resolve se vingar daquele que matou seus pais, libertar o povo da tirania e ainda conquistar o coração da princesa.


O cinema italiano sempre nos entregou grandes obras trash e um de seus diretores mais famosos, Ruggero Deodato (Holocausto Canibal), depois de se cansar de explorar temas como canibais massacrando viajantes em seus filmes, resolveu se arriscar no gênero espada e feitiçaria. O resultado foi essa tosqueira chamada Os Bárbaros (1987), que muitos devem lembrar das reprises infinitas no saudoso Cinema em Casa do SBT. Aqui não temos um, mas DOIS Conans, uma dupla de fisiculturistas (os irmãos Peter e David Paul) que se arriscaram na sétima arte e hoje só são lembrados por protagonizarem esse e outro lixoso clássico das tardes do SBT, Duas Babás Nada Perfeitas (1994). É praticamente uma paródia de Conan e todos os seus clones, contando com um feiticeiro do mal e tudo mais, além de piadas que não vão fazer rir nem o mais extremo fã de A Praça é Nossa.


Trasheira italiana, Yor O Caçador do Futuro (1983) é um dos piores dessa safra de filmes com bárbaros que invadiu os cinemas nos 80. O filme começa como uma aventura pré-histórica, com um herói (usando uma peruca loira tosca) buscando saber as suas origens. Da metade pro final o filme se torna uma ficção futurista. Atuações caricatas e cenas bizarras garantiram para que esse filme se tornasse cult e quem curte cinema trash com certeza já deve ter ouvido falar dele. Nunca esquecendo da música tema (que cada vez que o Yor realiza um ato heroico toca no filme) e fica grudada na mente depois do filme terminar. O pessoal do Podtrash gravou um episódio sobre essa pérola, vale a pena escutar.


Existem muitos outros clones de Conan, como A Rainha Guerreira (1985), O Guerreiro de Aço (1987), Ator, O Invencível  (1982), A Fúria das Amazonas (1986)Thor, O Conquistador (1983), um mais tosco que o outro. Quem sabe eu tenha coragem de assistir alguns deles para poder fazer uma segunda parte desse post, por enquanto vou ficando por aqui e que Crom nos proteja. 

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