E ai Lamentáveis a quanto tempo, hoje trago pra vocês uma resenha de um joguinho pra celular com o qual esbarrei outro dia. Vambora.
É certo dizer que joguinhos casuais para smartphones vem
ganhando progressivamente mais destaque ao longo dos anos, e demorou
pouquíssimo tempo para que desenvolvedores começassem a pensar em jogos que
usassem o touch screen para atividades além de arremessar pássaros em porcos
empilhados, correr (perigosamente) sobre trilhos de trens, ou estourar doces ao
alinha-los em fileiras. Mas aconteceu e se você tem o sistema Android ou IOS
hoje em dia pode baixar para seu aparelho uma infinidade de jogos com mecânicas
mais arrojada, apesar de intuitivas (afinal você desliza os dedos na tela), que
utilizam o ecrã (outra palavra pra ‘tela de toque’) de forma satisfatória, e
que te fazem passar um bom tempo mexendo na tela do celular pra passar “só de
mais uma fase”. Algo impressionante desses novos jogos é que eles vêm
conseguindo misturar jogo casual (aquele que vc joga uma partida rápida e
depois volta a trabalhar, ou não muito pelo contrário) com narrativa e avanço
(não o perfume, e sim aquilo que faz o jogador permanecer no jogo e se
interessar em chegar ao final).
Um exemplo desse tipo de jogo, citado no fim do parágrafo
acima, é The End Of The World, jogo side scroller que dá ao jogador a
oportunidade de interpretar a história através de interações simplíssimas com o
cenário.
Publicado para celulares Android e IOS em 10 de dezembro de
2015, pela Sean Wenham, o jogo totalmente gratuito, nos coloca no controle de
um personagem amargurado vivendo sozinho em uma cidade deteriorada (que segundo
a descrição do jogo na Play Store é Newcastle, na Inglaterra) onde nos é
incumbida a tarefa de entender porque o mundo fiou daquela forma.
Extremamente interpretativo o jogo segue uma narrativa
mestre ao delimitar aquilo com o quê o personagem pode interagir. Basicamente
você deve encontrar locais onde tenha um relógio para “destravar” uma lembrança
e um local na tela, onde você tem que tocar, em seguida o personagem acorda em
sua cama e repete-se a busca por uma nova lembrança. O jogo é curtinho (de 7 a
15 minutos de jogatina) mas tem um fator replay interessante pois te permite
encontrar as lembranças da forma que você achar melhor das próximas vezes que
jogar.
O desenrolar da narrativa nos leva a revelação do fim do
mundo daquele personagem: o fim de seu relacionamento. Cada retorno ao quarto,
após descobrirmos uma lembrança, nos leva a um mundo ainda mais deteriorado, até
chegarmos ao fim daquela jornada de como se deu o fim de seu relacionamento, do
frescor no começo ao triste fim com a partida de sua amada. Assim no fim do
jogo você tem duas escolhas cruciais para aquele personagem: A primeira seria
aceitar e abraçar as lembranças e seguir para recuperar seu amor perdido ou
aprender com os erros cometidos e tornar-se uma pessoa melhor. E a segunda que seria
abraçar a solidão e afastar-se mais das lembranças chegando ao fim do mundo,
que lhe reserva nada além de uma cadeira para sentar de frente a uma mesa com
uma bebida alcoólica em cima.
Como eu disse antes o jogo é, até certo ponto, interpretativo
deixando o jogador com a sensação de que aquilo que ele acabou de “zerar”
estava lhe comunicando algo, vai de cada um pensar ou não a respeito.
E como as imagens deste post provam, os gráficos do jogo são muito
bonitos, utilizando cores e uma direção de arte que remetem a pinturas a óleo. A
trilha sonora do game também é muito bela, sedo posta pontualmente nos momentos
em que se faz necessária, o silencio também tem um papel importante em nos
trazer de forma eficaz o sentimento da solidão pela qual a personagem passa.
O único ponto negativo do jogo é sua duração, que poderia
ser facilmente estendida um pouco mais.
Sendo assim fica aqui a recomendação: The End of the World (Clica no nome para ir pra Play Store)
Nota:
8,99999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999
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