Mitologias Negligenciadas - O Livro das Mil e Uma Noites 11

Oizinho :3

Vamos sem demora terminar a história do príncipe das predas.

Enfim, o cara fala pro rei onde está o sujeito com quem sua mulher o trai e que a mulher só aparece todos os dias pela manhã, pra bater nele e cuidar do outro. O rei sai dali na mesma hora, mata o indivíduo que ferido e fica esperando pela chegada da mulher. 

O rei fica deitado na cama do sujeito, coberto dos pés a cabeça no escuro. Quando a mulher chega pela manhã, ele finge que é o cara e exige que ela livre o príncipe do feitiço. A mulher nem desconfia que é um embuste - os dois deviam ter a voz igualzinha, né?! - até porque o rei fala que só está doente porque tem que ouvir o príncipe se lamentando todos os dias, e que se ele for trazido de volta ao normal e viver feliz, o ferimento da adaga vai melhorar e eles vão poder viver felizes pra sempre juntos. A feiticeira então sai e livra o marido do feitiço, mandando ele sumir se não quisesse morrer. O príncipe não entende nada, mas vai embora, e a mulher volta para o aposento do amante. 

Mas ao chegar lá, ele ainda está deitado, convalescendo, e diz que não funcionou, que ela precisa libertar também as pessoas da cidade, e que depois tudo vai ficar bem e eles irão embora dali e ficarão juntos. A bruxa então desfaz todos os feitiços, inclusive o que escondia a cidade (lembra que o sultão tinha viajado setenta anos e nunca tinha visto aquele lugar?!). Então volta para junto do rei, que ela acha que é seu amante, e diz que fez tudo direitinho. O rei então levanta da cama, puxa uma espada e parte a mulher em duas. 

Não satisfeito, o rei leva o príncipe com ele para sua cidade - depois de saber que só conseguiu chegar na cidade enfeitiçada no mesmo dia por causa do feitiço do ifrit, já que na verdade, a cidade amaldiçoada fica a um ano de distância do seu reino - e não satisfeito em ter vingando o rapaz, chama o pescador e ordena que ele case uma das suas filhas com o moço.

"E isso não é nada perto do que irei contar-lhes na próxima noite se acaso eu viver e for poupada."


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