Mitologias Negligenciadas - O Livro das Mil e Uma Noites 7

Olares,

Nem fiz recomendação de filme na sexta e ninguém me lembrou uU. Só porque na semana passada vi dois filmes fodas. Mas agora já foi, né?! Acontece.

Vamos finalmente entrar nas lendas supostamente contadas por Shaharazad ao rei (depois de transar na frente da irmã mais nova toda noite).


Vocês se lembram que eu disse que O Livro das Mil e Uma Noites é um torneio de histórias fantásticas em que ganha quem contar a história mais surpreendente e com isso - de alguma forma maluca e sem sentido - convencer o oponente de que está certo? 

Pois bem, a primeira história já começa por aí um sujeito estava quieto, cuidando da vida dele, quando de repente um ifrit (gênio mau, que é uma redundância, já que na mitologia do Oriente Médio, os gênios são todos seres malignos, mas parece que nascer maligno não necessariamente significa fazer maldades a vida inteira, apenas se você for um ifrit) aparece furioso e dizendo que iria matá-lo. O cara se cagou todo e começou a implorar por sua vida. O gênio vendo a lamentabilidade daquele mortal, se acalmou e concordou em pelo menos dizer o que o infeliz tinha feito de errado: matar o filho dele. 

Não, não rola um flashback aí, mostrando algum momento na vida pregressa do cara em que ele tenha matado alguém; o sujeito estava tranquilamente sentado na praia, comendo frutas e jogando as sementes em volta, quando uma das sementes acertou o filho do ifrit, que tinha tomado pílulas de nanicolina e encolhido. O cara fica desesperado, porque ele nem tem como provar que é mentira, e implora para não morrer. Neste momento, magicamente aparecem uns sujeitos - afinal, a aparição de um ifrit pode ser vista à distância - e depois de se inteirarem da situação, tentam interceder pelo homem. O gênio então aceita, afinal, ele tem um plano: se não conseguirem convencê-lo, ele mata os quatro em lugar de só um. Cada sujeito começa a contar sua história, então. As histórias são muito chatas e confusas e nós vamos pular essa parte e ir logo para o momento em que o ifrit é convencido pelas histórias e deixa que os três sujeitos voltem pras suas vidas, mas mantém o primeiro desgraçado com ele.

Calma, ele não matou o cara. O ifrit faz uma magia e abre as águas do mar em frente. Leva o cara com ele pra uma espécie de ilha, onde não tem nada, só um lago no meio. O gênio manda o sujeito jogar uma rede no lago, a rede volta com quatro peixes coloridos, que o ifrit manda o cara vender para o rei da cidade vizinha. Chegando à cidade vizinha, obóviamente, o cara não poderia simplesmente se aproximar do rei, mas quando ele mostra os peixes coloridos, a galera fica bolada e coloca o cara na presença do monarca, que dá uma pequena fortuna pro malacabado.

A melhor parte, com uma cidade com pessoas de pedra, fica pra quarta que vem.

Begos.


Leia também: Mitologias Negligenciadas - O Livro das Mil e Uma Noites 8

Comece aqui: Mitologias Negligenciadas - O Livro das Mil e Uma Noites 1 

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