Meu 2017 no Cinema - Última parte

Continuação.

Outubro
- Kingsman: Juliane Moore, Elton John, Pedro Pascal. Pra ser melhor só faltava não ter o Channing Tatum. E poderiam também não ter trazido o Colin Firth de volta =/.

- Chocante: aquele meu objetivo de ver o máximo de filmes brasileiros no cinema. Às vezes pode ser um erro. Mas esse filme pelo menos tem uma mensagem importante: tem coisas nostálgicas que devem permanecer mortas e enterradas.

- Blade Runner: eu não tenho nem palavras. Vi o filme na estreia e no dia seguinte já fui ver de novo em IMAX, que é o que aqueles cenários e trilha merece. Nem o Ryan Gosling ou a canastrice do vilão que fizeram pra esse filme conseguiram me incomodar. Nas duas vezes eu saí da sala como se tivesse ficado a sessão inteira sem respirar.

- As Aventuras do Capitão Cueca: eu nunca tinha ouvido falar dessa série e agora já acho uma das melhores histórias infantis. É tudo excelente, principalmente a técnica que faz o 3D parecer 2D (ou o contrário, sei lá). O filme é engraçado de um jeito ao mesmo tempo bobo e inteligente, mas o que eu mais gosto é que os dois protagonistas são quadrinistas *O* e o filme é uma crítica ao sistema educacional castrador que nós temos.

- Churchil: 2017 foi o ano dos filmes de guerra sem guerra? Não é bem uma biografia, conta apenas os dias que antecedem o dia D. Eu nem conhecia esse ator Brian Cox e agora sou fã(?!)

- Thor Ragnarock: eu não tenho problema com piadas, mas a galera da Marvel precisa entender que piada repetida não é engraçado ¬¬. No mais acho que acertaram bastante. O Hulk meio crianção ficou bom (?!). O Chris Hemsworth é melhor fazendo palhaçada do que drama, mesmo. Cate Blanchet é uma deusa, tá mais que certo. Karl Urban já pode vir me comer merecia mais destaque, só acho. Valquíria pra ficar melhor só ser tiver mais tempo de tela. Diretor fazendo alívio cômico deveria ser praxe. E o Loki é aquilo ali mesmo, tem que aparecer pouco (talvez até um pouco menos que nesse filme) e roubar a cena. Só tenho a reclamar que fizeram três filmes e não mostraram quase nada do sr. fodão Heimdall. Padrão Marvel de subaproveitamento de personagens e atores fodas.

Novembro
- Historietas Assombradas: isso sim é uma animação brasileira pra colocar num camiseta e mostrar por aí!!! Traço original, historinha de terror pras crianças, referências da cultura pop na medida certa, trilha bacana. Que orgulho!! Deveria ter feito muito mais sucesso, hein?! Vi duas vezes .



- Terra Selvagem: pau a pau pelo melhor de 2017 na minha opinião de bosta ao lado de Neve Negra. História tensa, boas interpretações, cenário aterrador. Não tem como explicar muito mais sem contar a trama, o que nesse caso e de Neve Negra eu acho que vocês devem descobrir assistindo aos filmes.

- Liga da Justiça: é né?! É. Eu nem sei por onde começar. Jason Momoa conseguiu estrelado sei lá como. Não tem talento e nem é bonito. Mas parece que pra geração atual basta ter brações e fazer carão. Henri Cavill é um Superman péssimo, zero carisma. Pelo menos eu gosto do resto do elenco nos papéis que tem. Não sei e nem quero descobrir como seria a versão do Snyder, mas o Joss Whedon fez cortes péssimos. Se a história era relacionada ao Cyborg, porque não contar histórias do Cyborg pra gente? Se o DarkSeid vai aparecer num futuro próximo, porque não mencionar o Darkseid, que vergonha é essa, Warner? Eu tenho a sensação de que a Warner, tal qual a produção de Lost no final da série, não tá fazendo filmes, mas sim respostas. Ah, os fãs não gostaram de tal coisa? Bem, então vamos ignorar o planejamento e fazer essa outra coisa. Ah, estão especulando isso e isso? Bom, então vamos fazer diferente, vamos surpreender, não importa qual seja o resultado. E aí a gente tem que receber um filme como esse. Porque não pode ouvir os fãs e fazer um filme com a invasão dos marcianos brancos (ah, não pode usar o Ajax, no cinema, né?!). E pra completar a mediocridade, eu ainda tenho que ser lembrada nas cenas pós-créditos, do songo-mongo que eles insistem em manter como Lex Luthor. Ah porra! Não é o lixo que estão falando pela internet, mas não é um bom filme também. A Apple quando chega atrasada na brincadeira de smartphones, faz melhor que a Google, porque alguém já imaginou os recursos antes dela e já deu errado tudo o que tinha que dar... É só uma analogia. Só uma analogia.

Dezembro
- Com Amor, Vincent: eu não sei quanto da história é verdadeira e quanto inventaram pra poder fazer um filme, mas esse é certamente um dos filmes mais bonitos que meus olhos já tiveram o prazer de contemplar. Reuniram um elenco maravilhoso, filmaram a história da morte de um dos maiores gênios da pintura, e depois passaram tinta à óleo por cada um dos quadros! O que mais me agradou é que o filme exalta a personalidade e o trabalho dele, em lugar de focar na depressão e no suicídio. Amem esse filme, pessoas.

- Assassinato no Expresso do Oriente: eu queria muito poder xingar esse filme. Primeiro porque o Johny Depp está nele. Segundo porque Expresso do Oriente é das histórias da Agatha que eu menos gosto. Eu não sei porque essa história é famosa. De verdade. Confesso que sinto até raiva. Mas não consigo não elogiar o resultado do longa. Elenco foda, ambientação foda, fotografia primorosa. Kenneth Branagh irretocável como diretor e como protagonista. O Johny Depp está no automático em que os filmes do Tim Burton colocaram ele a tempos, mas pelo menos o personagem morre no primeiro terço. De resto é só alegria. E com possibilidade de mais filmes do Poirot a vista. Por favor, Kenny Braga ><.

- Os Parças: fui enganada por uma resenha que dizia ser um filme simples e engraçado. É só um filme com ruim de baixo orçamento.

- Star Wars the Last Jedi: o melhor de Star Wars continua sendo as navinhas, mas o Mark Hamill roubou meu coração. O que é esse Luke Skywalker, gente?! Quem não gostou desse filme tá errado!

- Professor Marston e as Mulheres Maravilha: então... Eu não sei quanto da história real do triângulo Marston está no filme. A minha impressão é que a produção pegou as informações sobre eles, e tentou ligar os pontos fazendo uma história que explicasse a loucura sado-masoquista e pseudo-feminista dos primeiros gibis da Mulher Maravilha. O elenco é bom, porém não consigo gostar, queria uma história o mais aproximada possível da verdade, e não apenas sentar no cinema e receber aquele monte de referências. Espero um dia poder verificar quais elementos da vida real de Marston realmente influenciaram na criação da Mulher Maravilha. Acho um desserviço como foi feito pois muita gente que não é leitora de quadrinhos viu o filme e pode ficar com a impressão errada sobre tudo (como se quadrinhos precisassem de alguma ajuda pra serem mal-interpretados).

- O Matador: que surpresa boa da Netflix! Eu gostei de tudo: ambientação, elenco, história, mixagem de som. Inclusive me pergunto porque histórias do sertão não é levado mais a sério como gênero de filme e série no Brasil. Pra fazer pra exportar, mesmo. Eu acho que só daria certo. Aguardo um longa com a história da novela Renascer pra ver no cinema. Queria ter visto O Matador no cinema!!! ♥

- O Rei do Show: o Hugh Jackman é o vice dono de Hollywood. E não é que o cara sabe mesmo cantar e dançar? Todo musical tem um clima good vibes e quase todos falam sobre pessoas querendo realizar sonhos e tudo o mais, então o diferencial de O Rei do Show é o fato de que os números musicais são feitos por pessoas que cantam e dançam bem de verdade, e não apenas razoavelmente. Aliás, pouco da trama não é cantado e dançando, fazendo com que as músicas tenham relevância real no filme. As coreografias são lindas e criativas e que música tema!!!


- Suburbicon: well, well... lembram que eu falei desse filme quando escrevi sobre Eu Não Sou Seu Negro? Suburbicon é sobre a classe média norte-americana viver enterrada na merda até o pescoço e usar o racismo pra tentar escapar da própria realidade. Muito bem ambientado (tem até um controle remoto old school), Matt Damon até fenomenal, Julianne Moore ainda mais; a representação da cultura segregacionista é incômoda e até dolorosa, a transliteração do comportamento dos americanos médios é tão próxima da realidade, que é o próprio alívio cômico do filme. Oscar Isaac aparece pra complementar e melhorar o que já era bom. Obrigada por esse filme pra fechar meu ano, George Clooney .

Cabou, gente, desculpa ter ficado tão grande!

Eu amo vocês. 

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