Sem links, galera, porque é muito filme!!!
- Aliados: eu fico muito triste que este filme não tenha feito mais sucesso. Vovô Brad ainda é charmosão e só fica mais talentoso com o passar dos anos. Marion Cotillard é soberba. A história do filme é extraordinária, com um enredo de Segunda Guerra diferindo do habitual – campo de guerra, campo de concentração, etc, e o final ainda deixa em suspense se a esposa estava ou não espionando para os alemães.
- A Ilha da Caveira: eu fiquei bem triste vendo esse
filme. Tirando poucas cenas massavéio - como o monstro com o flash da câmera
ativado dentro da barriga - norte-americanos deveriam entender que não sabem
fazer filmes de monstros ou robôs gigantes. PONTO FINAL. Nem ver o Tom
Hiddleston ou o Samuel L. Jackson salvou esse filme pra mim.
Olares...
Minha resolução de ano novo é ver
todos os filmes que eu quiser no cinema (risos).
Enfim, já é dia 2, mas não tem
mesmo prazo para avaliar os filmes que vi no ano passado, então vamos lá. Acho
que vou dividir em pelo menos duas listas pois são mais de 70 filmes.
Sobrescrito nos filmes que vocês
devem pular, sem formatação nos OK, itálico nos bons e negrito nos fodas.
Janeiro
- Moana: é o melhor filme da Disney nessa
linha “princesa”. Começa pelo fato de que ela não é princesa. O final da
história é meio previsível, mas o que importa é o trajeto. Mauí, o
deus-guerreiro que acompanha a Moana é uma atração à parte (até as tatuagens do
cara são). As músicas são muito bonitas, sem serem grudentas, e deve ser ainda
melhor com a dublagem original. As piadas são ótimas e eu nem preciso falar sobre
a qualidade técnica, né?! Gosto muito da Mulan, que também luta para salvar seu
povo, mas não podemos ignorar que a Mulan 1 – luta travestida de homem 2 –
arruma um namorado. Moana é única e exclusivamente sobre uma garota sendo ela
mesma e lutando pelo que ela decidiu lutar.
- Animais
Noturnos: então...
o filme tem duas histórias. Uma “real” e uma fictícia. A história “real” é o
clichê de sempre das pessoas ricas e tristes. Já a história fictícia é tão foda
e contada com uma narrativa tão tensa, você não sabe se quer que o livro (isso
mesmo, livro) acabe pra saber o final ou se quer que acabe pra tensão terminar.
Mesmo assim tem uma outra coisinha na narrativa do livro que incomodam e são
bastante desnecessárias, ou talvez seja só o jeito do diretor construir a
personalidade do autor do livro pra gente.
- Sete
Minutos Depois das Doze:
sim, eu sei que na distribuição no Brasil o filme ficou com o nome 7 Minutos
Depois da Meia-noite, mas isso foi apenas pra causar impacto, esse título não
faz sentido. Mas também não importa. Com uma das melhores atuações infantis que
já vi e com uma história ao mesmo tempo sensível e crua, é um dos melhores
filmes sobre dor. Tem a Juliane Moore arrasando.
- La
La Land: apesar da
indicação ao Oscar e da qualidade técnica de tudo, esse filme sofre do mal que
muitos musicais sofrem: atores afinados nos papéis principais cantando e
dançando ok, quando nós poderíamos ter cantores e dançarinos profissionais
cantando e dançando perfeitamente. Mas de resto é tudo muito bom; as músicas
são lindas, as coreografias são empolgantes, a história é interessante
(sobretudo pelo final), a fotografia é linda, os efeitos visuais. Pra ser ótimo
só faltava mudarem a cena que o Ryan Gosling explica sobre o jazz pra Emma
Stone.
- Manchester
à Beira-mar: se
fosse possível ignorar o mar de merda que cerca o irmão do Ben Affleck, ainda
assim não seria possível ignorar que os prêmios que ele recebeu no ano passado
não foram devidos. Quando alguém escreve um filme sensacional, enche o elenco
com um cast extraordinário (mesmo os adolescentes), escolhe locações lindas e
uma fotografia de tirar o fôlego; e aí inclui um personagem sem emoção para um
ator incapaz de expressar, isso não torna esse ator talentoso ou sequer
esforçado. Vale à pena pelo conjunto todo que descrevi, não espere uma grande
atuação do Affleck Junior.
Fevereiro
- Axé,
Canto do Povo de Algum Lugar:
não sei vocês, mas eu não gosto de axé. O axé, porém, é um grande motor da
nossa indústria fonográfica e cultural. Fiquei bastante curiosa quando vi o
trailer desse documentário, já que adoro filmes que contam histórias reais, e
documentários fazem isso como nenhum outro formato. Além disso, eu tenho essa
resolução de ver o máximo possível de documentários no cinema e também ver o
máximo possível de filmes brasileiros. Axé, Canto do Povo de Algum Lugar reúne
essas duas características, apresentando ainda uma excelente edição e
depoimentos de figuras muito relevantes no cenário musical nacional. Além de
apresentar fatos e curiosidades sobre o axé e o carnaval (e os bastidores em
Salvador) que eu não sabia. Eu adorei e pretendo rever. Por pouco não vi duas vezes no cinema.
- Estrelas
Além do Tempo:
quaaaaaaaaaase impecável. Tudo o que precisava era não ter inventado cenas para
o Kevin Costner pagar de desconstruído pró-integração.
- Jackie: eu não entendi muito bem
direito qual o objetivo dos produtores. Mostrar o trabalho de voz da Natalie
Portman? Se for, achei exagerado. Mostrar que o Kennedy só é amado pelos
norte-americanos porque foi assassinado durante o mandato? Conseguiu, porque
agora eu não consigo mais ouvir ou ler o nome do cara sem pensar nisso. As atuações
são ótimas, a fotografia, ambientação, figurinos, é bem legal “conhecer” os
bastidores do velório do Kennedy, mas é isso, né? São os bastidores do velório
contados numa entrevista, imagine aí o ritmo da narrativa...
- John
Wick 2: quem não
gosta de John Wick tá errado. Eu poderia parar por aqui, mas preciso dizer que
o filme é ainda mais insano e frenético e de quebra conta um pouco sobre a
organização. Pra completar tem um cachorrinho novo ♥.
Lego
Batman: seria a
melhor animação do ano? Sim. Tudo o que a gente gosta de ver nas histórias do
Batman, somado à tudo o que a gente sempre quis ver. E ainda com todos os
vilões da Warner. A melhor animação de 2017.
- Eu
Não Sou Negro:
narrado por ninguém menos que Samuel L. Jackson. As histórias dos três
ativistas mescladas a textos de James Baldwin jogam uma nova luz sobre a
questão racial nos Estados Unidos (e possivelmente em cada país das Américas
que explorou força de trabalho de pessoas negras escravizadas), essa visão é
complementada e explanada justamente pelo último filme que vi em 2017:
Suburbicon.
- Aliados: eu fico muito triste que este filme não tenha feito mais sucesso. Vovô Brad ainda é charmosão e só fica mais talentoso com o passar dos anos. Marion Cotillard é soberba. A história do filme é extraordinária, com um enredo de Segunda Guerra diferindo do habitual – campo de guerra, campo de concentração, etc, e o final ainda deixa em suspense se a esposa estava ou não espionando para os alemães.
- Lion: gente, eu não consigo chamar esse
filme de laión, só falo liõn. Mas enfim, que tristinho ver o menininho se
perdendo e depois voltando pra casa com o coração cheio de esperança em
reencontrar o irmão! Ç_Ç A história é muito boa, sobretudo por ser real, mas
alguma coisa no núcleo do presente acaba por enfraquecer o impacto de tudo...
sei lá...
- Moonlight: o vencedor do Oscar de 2016. Acho
que o mais me impressionou foram os adolescentes. É surpreendente o que um bom
diretor pode fazer; tanto se foram adultos interpretando pessoas bem mais
novas, quanto se foram adolescentes, o resultado ficou muito autêntico. O fato
de não ter uma narrativa específica, e apenas mostrar o protagonista crescendo
e lidando com os mesmos problemas em três fases diferentes da vida também é
fenomenal.
Março
- A
Lei da Noite:
quaaaase lá, Ben Affleck, quase. Gostei muito que alguém tenha feito uma
história de máfia fora de Nova York, acabou por trazer um frescor a um estilo
tão batido. Até porque, quem ousa fazer filmes de máfia italiana além do
Scorcese? Pena que o personagem do próprio Affleck seja tão destacado da
realidade do momento e contexto histórico. Um mafioso irlandês com consciência
de classe e que faz discurso antirracismo? Sério? Ah, caralho ¬¬. Podia também ter deixado o orgulho de lado e
escalado um outro ator para fazer o personagem principal (ou talvez tenha sido
pra economizar).
- Logan: o melhor filme de super-herói do
ano? Olha, acho que sim, hein? Seria irretocável não fossem 1 – o X-24, 2 – o vilãozinho,
3 – a parte das crianças usando os poderes (tava tão bacana até essa parte). Eu
também preferia que não tivesse aquela cena do X no final, mas todo o resto
tava ótimo: Patrick Stuart, cena do Logan matando a galera no hotel durante o
surto do Xavier, ator escalado pro Caliban. Nunca pensei que diria isso, mas:
obrigada, Fox (?!).
- Fome
de Poder: Michael
Keaton ♥♥♥♥♥♥. Mas falando sério, acho que as pessoas não apreciam
o suficiente John Carroll Lynch. Todo o elenco é muito bom na verdade. E as
escolhas de produção e direção para adaptar a história foram perfeitas. E de
quebra ainda elucidaram porque o milk-shake do McDonalds é tão ruim. Pare o que
está fazendo e vá amar o Michal Keaton agora mesmo òÓ.
- Negação: parece que 2017 foi o ano das
histórias baseadas em fatos reais. Rachel Weisz e Timothy Spall. Eles não estão
apenas no filme. Eles estão se enfrentando. Uma peculiaridade do filme, é que
além de mostrar a história de um farsante tentando passar por historiador, e
refazer na cabeça das pessoas um episódio conforme a visão dele, também apresenta
uma boa noção de como são processos judiciais de civis contra civis (pelo menos
na Inglaterra, né?!) e de um jeito que não fica enfadonho. Esse filme não
deveria apenas ter feito mais sucesso, deveria ser obrigatório, principalmente
dada a conjectura dos fatos atuais.
- Versões
de Um Crime: assim
como A Lei da Noite, esse filme melhoria uns 40% com outro protagonista no
lugar. É muito legal como a história é contada no tribunal sem nenhuma mentira,
mas ainda assim, mentindo o tempo todo (?!), e como os protagonistas contam com
a meia-versão das testemunhas pra montar a farsa. Mas o negócio do Keanu Reeves
é pew pew pew pew.
- Trainspotting:
T2: tudo de novo,
porém novo. Ou velho. É igual. Só que é diferente. Tem tudo o que uma
continuação deveria ter, e geralmente tem, só que em Trainspotting funciona. Ou
eu que gosto muito da franquia. Sei lá. Vi os dois no cinema e amo!!!
- Fragmentado: então... é bem legal que
Shyamallan tenha parado de fazer merda... ou sei lá, eu que não tenho bom gosto
pra filme e todos os filmes dele são fodas, mas eu tenho a impressão de que o
resultado geral do longa ficou errado. Não sei vocês, mas eu tava mais ansiosa
pra ver a personalidade da besta aparecer do que pra saber se as adolescentes
iam sobreviver. Caguei praquelas meninas, e isso inclui a protagonista. E pra
que cineverso? Muito bacana ver o Bruce Willys aparecendo no final, mas...
cineverso? Isso é um erro. A maior parte dos pontos do filme vai pras
interpretações.
- O
Poderoso Chefinho:
eu amo animações e essa consegue mesclar piadas pra adultos e coisas bobas pras
crianças (que eu também gosto muito). A coisa que eu achei mais foda é que a
história na verdade não existe, é tudo imaginação do moleque ♥. Que que são aqueles bebês
agentes?! Adorei!!!!
- Souvenir: filme belga que a galera
deve ter feito pra fomentar cultura e movimentar o dinheiro do Ministério (se é
que eles têm ministério da cultura). Achei legal por abordar o destino de
alguém que foi famoso na juventude e como essa galera desaparece do mapa com
facilidade.
Continua...
Continua...
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