Mitologias Negligenciadas - O Livro das Mil e Uma Noites 9

Olá,

Como disse ontem, hoje tem mais Livro das Mil e Uma Noites, e amanhã também. E depois de amanhã também. E... bem, vocês já entenderam. 

Onde estávamos? Ah sim, o pescador contrariou o que lhe disse o gênio e foi lá pescar os tais peixes falantes uma segunda vez no mesmo dia. Mas o que são regras comparadas a dinheiro, né?! O cara foi lá, pegou quatro peixinhos coloridos, levou pro rei, pegou o dinheiro e ficou por lá mesmo, vendo pra que o rei queria mais peixes. A cozinheira vem, taca os peixes no óleo quente e tan tan tan... nada acontece! Hahaha mindira; abriu a fenda na parede e lá veio a mulher bem vestida e a conversa com os peixes, blá blá blá goiaba.


O rei fica zureta com a aparição e manda o pescador voltar no lago e trazer mais peixes, mas desta vez com uma escolta real Lembrando que o pescador não deveria mostrar o lago para ninguém,  mas ele já tinha pescado mais de uma vez por dia, mesmo, que que é um peido pra quem já tá cagado, né mesmo?! O cara volta com os peixes e o rei dessa vez manda o vizir fritar. Quando os peixes caem no óleo, uma fenda se abre na parede,  mas desta vez aparece um homem negro, que tem a mesma conversa maluca com os peixes, que viram carvão logo em seguida, do mesmo jeitinho. O rei vira pro pescador na hora e promete mais dinheiro pro cara levá-lo até o lugar onde ele pega os peixes. Desta vez, magicamente o pescador se lembra que não pode mostrar o local para ninguém (ué?!), mas explica como chegar (nuossa, que diferença, hein?!). O rei pergunta ao sultão onde fica o local que o que o pescador explicou, e o sultão diz que viaja a setenta anos, mas que nunca viu aquele lago. O pescador é ameaçado de morte, como não poderia deixar de ser, e concorda em levar o rei até lá.

Chegando "lá" o rei decide que quer investigar tudo sozinho, já que segundo o Sultão, aquele lugar não existia até poucos dias atrás. O rei sobe em um dos montes e avista um ponto preto, não tão distante e decide ir até lá ver qual é. Ao se aproximar do ponto, o rei percebe tratar-se de um palácio feito de pedra negra. Entrando no palácio, o rei encontrou: ninguém. Tinha comida, tinha jóias, tinha tapetes, tinha todo tipo de coisa que tem em um castelo, menos pessoas. Então o rei ficou perambulando pelo palácio, gritando que ele era um visitante esfomeado, que vinha de um reino distante, etc, mas ninguém respondeu, até que ele se convenceu de que estava abandonado - mesmo tendo comida fresca em alguns lugares e os móveis e objetos parecendo novos e limpos. Quando ele estava chegando em um dos últimos cômodos, ouviu alguém declamando uma poesia. 

O rei entrou no quarto e encontrou um rapaz muito bonito (todo homem e mulher árabe e lindo n'O Livro das Mil e Uma Noites), sentado numa cadeira, com a parte de baixo do corpo coberta, chorando. Os dois conversam e quando o rei pergunta porque ele parece tão deprimido, ele tira o lençol e mostra a metade debaixo do corpo: pedra preta.

E até amanhã.


Leia também: Mitologias Negligenciadas - O Livro das Mil e Uma Noites 10

Comece aqui: Mitologias Negligenciadas - O Livro das Mil e Uma Noites 1 

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