Hoje, dia 28 de agosto, é um dia especial de celebrar a vida e a obra do grande Jack Kirby, o rei dos quadrinhos e talvez uma das mentes mais inquietas e criativas a passar por este meio. Como de praxe, todos os veículos da imprensa especializada e nem tão especializada lançam posts comemorativos relembrando as maiores obras do autor, como os Vingadores, o Quarteto Fantástico, os Novos Deuses, o Stan Lee, etc.
Porém, como estamos em um blog lamentável, resolvi deixar as convenções sociais de lado e resgatar o que há de mais fétido e hediondo em sua extensa carreira nos quadrinhos. Se você se sentir ofendido, comente ao fim do post e defenda as cinco obras selecionadas.
Vamos lá:
5- Capitão 3-D
Criado em colaboração com seu parceiro de longa data Joe Simon e publicado pela Harvey Comics, o Capitão 3-D não passava de uma desculpa ambulante para vender revista em três dimensões.
Na história, o Capitão 3-D é um guerreiro desenvolvido por um cientista humanoide de outro planeta chamado Professor Cinco e mantido em um universo 2-D (um livro ilustrado chamado Livro do D) para treinar e se aprimorar para lutar contra uma raça de felinos humanoides que havia tomado o poder em seu planeta-natal.
Agora saquem só a malandragem:
As páginas 3D eram formadas de três camadas de desenho em acetato, aparentemente
Esse guerreiro só consegue sair das páginas do livro de tempos em tempos quando alguém usando óculos 3-D de cartolina (desenvolvido pelo Professor Cinco também IHAUAHAIAUHAIUHA) resolve folhear a página com ele dentro. O livro era basicamente uma grande jogada comercial para aproveitar a onda do 3-D e fazer a criançada se sentir parte da história.
O que Simon e Kirby não contavam era que a febre do 3-D fosse durar tão pouco tempo e criar uma história e personagens todos em função disso era uma péssima ideia.
Anos depois, o Roy Thomas criou um herói inspirado no Capitão 3-D para a Marvel Comics: o também lamentável Homem 3-D. Morrison também resolveu lançar uma revista do Superman em 3-D (Superman Beyond) como parte da Crise Final, que é uma grande homenagem à obra do Kirby na DC.
4- Transilvane, o Mini-Planeta do Mal
Esse é inacreditável.
Na revista Superman's Pal Jimmy Olsen #142, Superman e Jimmy se deparam com um mini-planeta criado a partir de experimentos de como se terraformar outros mundos. Por algum motivo que apenas Jack Kirby sabe, o cientista encarregado resolveu projetar nos céus do planeta filmes de terror antigos, e isso fez que a vida microscópica de Transilvane crescesse em formato de Dráculas, múmias, monstros de Frankenstein...
A cereja do bolo de bosta é que o planeta era tão mau que até chifres ele tinha!
Não tardou pro experimento dar merda: os habitantes monstruosos de Transilvane começaram a fugir para o nosso mundo via naves em forma de caixão! Os cientistas tentaram matar todos com sprays de veneno, mas Superman teve uma ideia melhor: substituir os filmes de terror por filmes de faroeste. O resultado foram draculinhas de chapéu e pistola duelando ao meio-dia. Parabéns, Homem de Aço!
3- O Homem-Cassete
Olhem bem para essa criatura e me digam: qual é a dela?????
Parece ser um androide que solta lasers pelas cavidades do capacete, voa e... tem uma entrada para videocassete na peita. Mas para que diabos ele precisaria tocar um videocassete gigante dentro dele mesmo? Ele é um herói ou um vilão? Ele tem problemas para rebobinar a fita?
Jamais saberemos, pois Kirby compreensivelmente não usou esse conceito em revista alguma.
2- A primeira edição de Fighting American
Jack Kirby e Marvel Comics desde sempre se envolveram nas mais variadas tretas. Em 1954, a editora resolveu relançar o personagem Capitão América sem a participação de Joe Simon e Kirby, seus criadores originais. Eles ficaram furiosos e resolveram lançar numa editora concorrente o originalíssimo Fighting American, uma cópia em carbono de Steve Rogers, para "ensinar a esses putos como é que se faz", segundo Simon.
O problema é que nessa época o Macartismo (período de caça às bruxas contra tudo que fosse de esquerda nos EUA) estava em alta e a dupla pensou que a nova onda era essa. A edição número 1 de Fighting American, se comparada à paranoia política brasileira de hoje, seria basicamente sobre um herói enfrentando tropas de soldados cubanos infiltrados como médicos a mando de Lulinha, dono da Friboi financiado pelas FARC.
A edição teve uma recepção nada boa entre os leitores e, lá pela edição 2, Kirby sacou que o senador McCarthy não tinha nenhuma noção e resolveu transformar a revista numa sátira do gênero super-heróis. Mas como o filme já estava queimado, ela não passou da sétima edição e, décadas depois, o personagem sofreu a punição devida:
FOI REFORMULADO PELO ROB LIEFELD!
Que decadência, meus senhores... que decadência.
1- Fing Fang Foom
IUAHIAUHAIAUHAIUAHAIUAHAIUAHIAUHAIU EU TE AMO, KIRBY!
OLHA PRA ESSSA PORRA
ELE TÁ DE VESTIDO DE NOIVA
ATACANDO SOLDADOS
PUTAÇO DA VIDA
SERÁ QUE INTERROMPERAM A CERIMÔNIA?
AHIUAHIAUHAIAUHAUIAHAUHAIUAHAIUAHIAUA
AIAI, ESTOU CHORANDO
E ficamos por aqui! Hasta luego, maricones!
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