Olares,
Os meses de maio, junho, julho e agosto são péssimos pra ver filmes!!! Os de grande circuito são quase todos blockbusters pra adolescentes e os filmes de pequena circulação são quase sempre desinteressantes. É aquela parada tão autoral, mas tão autoral que só conversa com o diretor. Tá pra vir um do Almodóvar aí, vamos ver, né?!
Enfim, Independence Day. Eu tava aqui pensando "como é que em 1996 não traduziram esse título?!". É a força de Will Smith!!! Ah, os anos noventa!! Os anos noventa não voltam mais e levaram com eles o medo do fim do mundo na virada do "milênio". Medo de queda de asteróide, de 3ª Guerra Mundial, de invasão alienígena... Tudo isso morreu com a década de 90. Voltou um pouquinho com 2012, mas... fueeeen...
SPOILERS: se você é do grupo de pessoas que acompanha histórias pra ser surpreendido, repense seus hobbies.
Pois é, sem Will Smith, sem climão de fim de mundo, sem discurso inflamado, Independence Day: Resurgence é um filme morníssimo. Lá está o irmão do Thor (que acabou de sair de uma franquia e já pulou em outra) tão alto e louro quanto e cujo personagem é o único que acha que há uma razão para gritar no filme todo. Da nova geração, ele é o único que parece motivado a salvar a Terra. Motivado DEMAIS. Ele faz parecer que é divertido estar prestes a morrer. Tem a esposa ou noiva dele - quem se importa?! - que é a filha do ex-presidente Withmore, que também está serious business, mas que só parece a mesma personagem feminina engajada-super-chata que sempre faz par com o cara-lindo-e-de-bem-com-a-vida. Pra completar os Power Rangers tem o negro, "filho do Will Smith" sem sal pra caralho, a chinesa, quase sem falas e o outro cara branco, alívio cômico que não faz ninguém rir. É sério, são os Power Rangers, repara. Próximo filme vai estar cada um com sua cor e seu animal jurássico.
A galera das antigas se esforça, e o filme realmente melhora quando eles aparecem - exceto pelo cientista louco padrão, que é bem irritante - mas aí passam uns minutinhos e estão de volta as cenas de ação sem emoção nenhuma. Mostra-se muito pouco da destruição das cidades, porque o foco é o novo plot: atacamos uma nave que na verdade era nossa salvação. E assim, até que é bem legal a ideia de uma guerra intergalática cof cof Starcraft cof cof, com uma raça superior Prottos que vem e ajuda os humanos Terran a derrotar os aliens malvados que só querem destruir tudo Zerg. Mas a premissa apresentada nos minutos finais do filme, de que essa civilização milhões de anos mais evoluída não foi capaz de eliminar a tal raça, mas que os humanos são muito inventivos e devem liderar a resistência... não, né?! Mesmo que nós sejamos especialistas em assassinar, guerrear, extinguir, eliminar, não quer dizer que somos os melhores do universo. E só porque a galera bola um plano pra atrair e matar a rainha-mãe Kerrigan a inteligência fica admirada?! É um só plano com uma armadilha. Se uma inteligência superior não consegue pensar nisso, o universo tá fudido!!
Enfim, esse filme não tem emoção alguma, não tem a sensação da catástrofe, não tem o Will Smith derrubando um alien com um soco, não tem relevância.
Mas tem um casal gay não esteriotipado, ficou bom. Uma das poucas coisas boas do filme. Mas não vamos esquecer que este filme é sobre como a raça humana deixou as diferenças de lado para lutar contra a verdadeira ameaça. Liderada pelos norte-americanos. No 4 de julho.
Se era pra fazer uma bobagem cheia de efeitos especiais, chamassem o Michael Bay, pelo menos ia ficar massavéio.
Bom, é isso. Se quiser ver um filme nesse fim-de-semana, sugiro Warcraft. Não é genial, e certamente não teve o mesmo orçamento de Independence Day: O Ressurgimento, mas pelo menos tem o pai do Tony Stark, o Ragnar e a Tulipa .
Beijinhos.
Bom, é isso. Se quiser ver um filme nesse fim-de-semana, sugiro Warcraft. Não é genial, e certamente não teve o mesmo orçamento de Independence Day: O Ressurgimento, mas pelo menos tem o pai do Tony Stark, o Ragnar e a Tulipa .
Beijinhos.
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